(Omitindo a vogal "e")
Acatam a vida com amor
numa força original;
abraçam a rara, nativa flor
com o raio do sol matinal.
Nos braços imaginários
cujos sonhos são guardados
caminham unidos nos fadários
para campos, risos lavados.
As plantas já cansadas,
com o coração a florir
ficam as sombras molhadas
numa pintura a ruir.
Folhas com paixão ao criar
no hábil quadro das fantasias;
pintam um pássaro a voar
ao som das calmas harmonias.
Caminha na calçada da rua
um lindo cão ao luar!
Fugindo da figura à porta nua
com o corpo a cintilar.
Marulham as ondas do mar,
sussurram gritos mortiços;
ficam no grupo a pairar
como sinais puros, noviços.
Setúbal, 02/02/2020
Inácio José Marcelino Lagarto
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020
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