domingo, 17 de julho de 2022

TORMENTA

 



Setúbal está com Palmela em compaixão,
Viu arder toda a bela encosta do Castelo;
Da Serra dos Barris a Mira Ventos em exaustão
E Aires sofreu com elevada combustão,
A verdejante Arrábida assistiu com medo e zelo!

O Povo, em perigo, temeu pelo pior,
Acompanhou apavorado a dura tormenta! 
Mas, os Bombeiros no seu saber melhor
E ajuda da população com seu suor,
Mudaram tão triste vestimenta.

O Rio Sado, ali perto, vigiava o negrume,
Abastecia os aviões que cruzavam  os céus!
A fim de apagar a luz que irradiava do lume
Deixando as cinzas na terra como estrume,
Renova o existir, da Natureza, criado por Deus. 

O vento soprava forte e criminoso no espaço,
Rompia por entre clarões de chama quente;
No sonhar e no tempo permanecia cansaço,
A ternura amiga, da família apertou o laço,
Florescia a esperança de quem o viver sente!

PALMELA, Terra de Vindima, ideal e virtude,
Ninho de amor, Cultura, labor e de vida;
Audaz no  querer da sua longa juventude
Jamais esquece o nobre povoado e atitude,
Em defesa de bens comuns que foi vivida.


Setúbal, 17/07/2022
Inácio José Marcelino Lagarto



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