Bati à porta da cidade,
quis calar o coração;
sei da força, sei da idade,
quando fala a saudade...
sei onde mora a razão.
Só não sei da estrada,
em que viaja amargura.
Sei eu sei, tudo foi nada
no galopar na cruzada,
nesta cidade...com lisura.
Mandei a vida rimar
quando silêncio serenou;
sei que ouvia a voz do Mar
em que o Rio vai beijar...
só sei que o meu Eu sonhou!
Palmilhei ruas, travessas,
Avenidas, becos e ruelas;
sei sabendo das promessas,
das Conserveiras dispersas...
do Povo falando delas.
Como quem traça planos
desenhei sentir assim;
sei que nuvem causou danos,
só sei que alimentei anos
como quem rega jardim.
Setúbal, 10/09/2014
Inácio Lagarto
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
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