segunda-feira, 10 de outubro de 2016

I D E A I S



Partem  verdes sonhos da memória
na peugada, de fúteis caixeiros.
Vendem, nobre País, a estrangeiros
perdendo no tempo a glória.

Tudo cansa! Secam as fontes!
A divida do pobre amontoa.
Pagam caros juros à toa
perfumando, cobiças, dos horizontes.

Tanta miséria!...Missão pendente
esquecendo, façanhas herdadas.
Lembram esperanças conquistadas
por um saudoso Abril na mente.

O mundo estonteia, fascina,
em tecnologia de encantar!
O Homem é trocado, no labutar,
vive da "esmola" , dura sina.

Surgem no ar, nuvens flutuantes,
tapando o sol, de quando em quando.
As estrelas do céu vão pintando...
mostrando à Vida, telas brilhantes.

O luar não se deixa enganar,
nem por invernos, nem por outonos.
A primavera acorda os sonos
e o Ideal de um Povo é...Trabalhar.


Setúbal, 10/10/2016
Inácio Lagarto

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