sexta-feira, 9 de junho de 2017

POESIA SALPICADA




                  (Júlio Resende)

POESIA SALPICADA


É preciso mudar a vontade
salpicando-a com o Saber!
Criadora e ousada na palavra.
Pintando com a mente a saudade
na luta, percorre e quer vencer...
o ideal que o Poeta lavra.

A verdade está no que sente
o homem quando transmite!
Toda a filosofia de vida.
Como pensador vive presente
porque o sonho nele existe...
numa estrela no céu perdida.

A teoria não brilha em vão
nem desfazas primaveras!
No silêncio o madrugar
acorda, com o calor da emoção,
saltando algumas quimeras...
fica enamorado a divagar.

A Poesia traz luz do passado
jamais, esquece os Troveiros!
Nem a harmonia das guitarras.
De fato, moderno, ornamentado
recorda os sons pioneiros...
nunca preso a doces amarras.

Nesta corrente Lusitana
guarda na quadra, rica semente!
Na partilha tão bela exaltação.
Do Povo Sábio, com fúria humana,
no versejar... foi confidente
esvaziando a escravidão.

Setúbal, 07/06/2017
Inácio J. M. Lagarto

  



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