domingo, 16 de julho de 2017

SENTI A LIBERDADE


Hoje, senti a liberdade,
voltei a pôr os pés na rua!
Pisei de esperança a calçada.
Comigo, transportei a vontade
com a camaradagem que flutua...
nesta Cidade navegada.

Visitei cafés e esplanadas
à sombra de vasta arcada!
Deleitei-me com o sol a brilhar.
Beijei o solo das caminhadas
entre fala sonhada...
de telemóvel sempre a tocar.

Neste espaço de olhar aceso
vêm da praia no regressar!
Perfumando as aragens.
Àquele embriagar fiquei preso
deixando, minha mente a divagar...
pelo desfile de ternas imagens.

Como é belo este mundo,
canteiro repleto de flores!
Banhado por calmo Sado.
Têm na Baía sonho profundo
os Poetas em seus prosares...
ao Rio Azul do rico pescado.

Os ecos da Serra de repente
trazem alegria infinita!
Sons da nova alvorada.
Vozes do tempo que estive ausente,
numa sinfonia bendita...
de frescura apaixonada.

Saí do meio da bruma,
abracei a saudade!
Acordei, para a vida, animado.
Vim envolto em branca espuma
numa noite de claridade...
por um anjo acompanhado.


Setúbal, 16/07/2017
Inácio J. M. Lagarto



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