quinta-feira, 27 de julho de 2017
TEMPOS DE RESSONÂNCIA
Viver não é maçada,
nos tempos ressoam suspiros!
Entre a terra cultivada...
em que as aves fazem giros.
Com palavras sensitivas
o campo alimenta desejos!
As árvores esperam aflitivas
que as chuvas as cobram com beijos.
As intempéries anuais
vão-nos pregando sustos!
Ferindo sonhos demais...
nos arvoredos e arbustos.
Castigam o destino humano
trazendo angústia e fome!
Provocam na vida dano...
bela riqueza consome.
Toda a geração decai,
o futuro genealógico gasta!
O filho vai primeiro que o pai...
extingue-se a semente e a casta.
Neste reino da verdade,
sem ideal ou justiça!
O mistério e a liberdade...
criam vontade submissa.
Restam praias com areias
aquecidas pela luz do dia!
Colorindo corpos sem ameias...
envoltos em água e fantasia.
Surgem em toalhas bronzeados
e, de olhares febris errantes!
Por raios de sol tocados...
estes alegres caminhantes.
Setúbal, 28/07/2017
Inácio José M. Lagarto
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