(Imagem retirada da Net)
Em agosto brilha o sol no caminho!
Fazem balanço os lavradores;
Canta alegre o passarinho
Mudam de contrata os trabalhadores,
Na Ascensão Da Virgem Maria,
Dia quinze é Feriado Nacional!
Há festejos, alegre romaria,
Numa partilha tradicional.
Banham-se os corpos nas praias,
Estendem-se toalhas nos areais;
Dormem sem fatos nem saias,
Leem mensagens, livros ou jornais.
Entre o deve e o haver nos sonhos
Pensa-se, no balancete do existir;
Surgem uns cálculos tristonhos
Que deixam o coração a sentir.
Porém, estamos no verão quente,
Vamos ao campo, ao museu e jardim;
Em que o amor floresce ternamente
E o fogo que arde não se apaga assim!
Queimam a floresta na Natureza
E a forte chuva tarda em regressar;
Árvores e o povo choram de tristeza,
Falam dos grãos de trigo por semear.
Ficam negras as montanhas
O que outrora verdejava!
As cinzas causam dores tamanhas
E sem abrigo o gado que pastava.
No mundo não habita a perfeição,
Todo aquele que labuta pela cobiça!
Esquece o poder de Deus na Criação
E da força das Leis que faça Justiça.
Setúbal, 01/08/2022
Inácio José Marcelino Lagarto
Sem comentários:
Enviar um comentário