Passou por mim uma donzela
Vestia a alma de cor bela
E o mundo no pensamento.
Saiu de uma linda tela
Pintada com aguarela
Atrevida no movimento.
Foi criada num jardim
A olhar sempre assim
Com caminhar ondulado.
Despia-a na rua p´ra mim
Cujo tempo tinha um fim
Um desejo ali sonhado.
Logo nasceu o meu fado
Bateu forte o coração;
Beijei o seu lábio pintado
Nasceu na hora uma paixão.
Com a mente a divagar
Não a consegui parar
Só pensei no existir!
Convidei-a para jantar
Depois fomos dançar
O corpo esbelto sentir.
Era noite aluarada
Seguimos a calma estrada
Ao encontro da aventura.
Acordamos a alvorada
Com amor na cruzada
Por uma vida futura.
Setúbal, 07/08/2022
Inácio José Marcelino Lagarto
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