Tive a chama de criança
Usava bibe aos quadrados;
Guardava saber e poupança
Como burro carregados.
Levava dentro da sacola
Os trabalhos feitos à mão;
O futuro preso em argola
Com a guita e o pião.
Brincava alegre no recreio
Numa vida partilhada;
Se surgia um vago enleio
Não faltava a reguada.
Foi crescendo a idade,
Passava as tardes nas danças;
Sentia o cheiro da liberdade
... Já reparava nas longas tranças!
Como bela era a leveza
Naquela donzela perfumada...
O dia tornou-se em certeza
Na escolha da namorada.
Olho o tempo pela vidraça
Vejo o caminho percorrido;
O passado depressa passa
Quando se nasce... Vem definido.
Setúbal, 14/02/2010
Inácio Lagarto
Usava bibe aos quadrados;
Guardava saber e poupança
Como burro carregados.
Levava dentro da sacola
Os trabalhos feitos à mão;
O futuro preso em argola
Com a guita e o pião.
Brincava alegre no recreio
Numa vida partilhada;
Se surgia um vago enleio
Não faltava a reguada.
Foi crescendo a idade,
Passava as tardes nas danças;
Sentia o cheiro da liberdade
... Já reparava nas longas tranças!
Como bela era a leveza
Naquela donzela perfumada...
O dia tornou-se em certeza
Na escolha da namorada.
Olho o tempo pela vidraça
Vejo o caminho percorrido;
O passado depressa passa
Quando se nasce... Vem definido.
Setúbal, 14/02/2010
Inácio Lagarto
Sem comentários:
Enviar um comentário