quinta-feira, 27 de maio de 2010

DOCES MÃOS


Todos falam
Todos pensam
Nada dizem
Todos esquecem
Mãos de labor
Doces e rugosas
Que trabalham a terra,
Na fábrica, no escritório,
Sofrem
Como outras de igual valor
No criar riqueza
Mãos famosas.

Mãos que rezam
Colhem os frutos
Acarinham
Amparam os filhos
São do povo
Servem de manto
Enxugam o pranto
As ilusões
Legam futuro
E um sonho novo.

Mãos
Da claridade
Lavam a liberdade
Tocam em seus irmãos.

Setúbal, 26/05/2010
Inácio Lagarto

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