sexta-feira, 7 de maio de 2010

UM POVO COM FUTURO




Mote

« Quem só vive do passado
E se vê tão inseguro
Dá presente envenenado
Aos que olham o futuro »

(I)
Cada País tem sua história
Toda ela com reflexão;
De conquista e ilusão
Na procura da vitória,
Para honra e glória
Daquele sonho sonhado...
Noutro tempo recuado
Com esperança em novo dia!
O querer não alimenta a magia
Quem só vive do passado.

(II)
Nascemos além da bruma
Fomos nobres cavaleiros;
Brilhámos dentre nevoeiros
Navegámos em ondas de espuma.
Criámos riqueza que se esfuma
Trilhando caminho pouco seguro
Não colhendo fruto maduro
Dormindo, num sono profundo
Para quem exigia um outro mundo
E se vê tão inseguro.

(III)
Se o acaso tem de semear
Nos campos com horizontes;
Numa terra que chega aos montes
Nesta paisagem de encantar.
Sem o povo atormentar,
Ele não é um desterrado
... Tem um peso bem contado
Quando se promete vida incerta,
Deixando a porta aberta
Dá presente envenenado.

(IV)
Quando o sossego não dorme
Surgiu bela madrugada;
Com um toque de alvorada
Tornou o desejo enorme.
Abril matou a fome
Matando regime impuro...
Derrubou um débil muro
Para que o medo cessasse!
Dando força sem disfarce
Aos que olham o futuro.

Setúbal, 22 de Março de 2010
Inácio Lagarto

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