VIANA de berço e sonho,
Terra fértil de devoção;
Em que o Sol, é mais risonho,
Aquece o campo e dá o pão.
ÉVORA fonte de cultura,
A mais bela Alentejana;
Brota esp´rança segura,
É a alma da força humana.
Depois SETÚBAL, com Outão,
Medita e cresce vontade;
Calma Baía é condão,
Tróia é a luz da Cidade.
PORTO COVO, de rara paisagem,
Numa Costa magistral;
Em que refresca a imagem,
Duma ânsia, num mortal.
Quatro Povoações divinas,
Nesta terna caminhada;
De passagens cristalinas,
Em que fui tudo ou mesmo nada.
Comi solo do Alentejo,
À sombra do velho montado;
Na Arrábida me revejo,
Nela a espreitar o Rio Sado.
Já Inverno atravessei...
E a Primavera a sorrir!
Verão quente, eu suportei,
Aguardo Outono que há-de vir.
Entre arvoredo e prainhas,
Descrevo todo um viver;
Para mim, são as rainhas,
Deste Tempo que é do Ter.
Setúbal, 09/02/2007
Inácio Lagarto
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