terça-feira, 23 de setembro de 2008

A MEMÓRIA



Esvaziei a memória,
Não sou capaz de sonhar;
Aquele tempo de glória
Ou passado, de negra história,
Estão perdidos noutro lugar.
Ah! Se eu pudesse ler a alma
E, falar com a saudade!...
No silêncio,
Em que vive a esperança!
Talvez voltasse a confiança,
Naquele sorrir de criança -
Porque nela, reina a calma.
Assim: - Ouvia a verdade,
Para fugir à voragem,
Vinda da triste aragem;
Então: - Lavava as minhas águas;
Alimentava a minha Mente;
Mandava embora a solidão,
Trazida por dor e mágoas;
Afagava meu coração,
Deste existir, quão presente.


Setúbal, 22/09/2008
Inácio Lagarto

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