Perdi pais, mulher e filho,
Nesta vida, não sou ninguém;
Sigo na floresta um trilho,
Resta filha, meu único bem.
Soprou o vento do mar,
Naquele dia que a chamou;
O Sol deixou de brilhar
E a minha alma findou.
Estou perdido, por entre escombros,
Com coração a sangrar;
Foram em debandada, os ombros,
Fiquei no tempo a penar.
Da manhã, sobrou a hora,
Daquele mês pardacento;
A Primavera ainda chora,
Notícia triste do evento.
Grande mártir - minha companheira,
Tocada pela injustiça;
Foste rainha verdadeira,
Por ti, nossa força é submissa.
Quantos projectos arqitectei?!
Para acabar... Em negro cadafalso!
Quero lutar mas, já não sei,
O meu sentir, cheira a falso.
Setúbal, 03/o9/2008
Inácio Lagarto
Nesta vida, não sou ninguém;
Sigo na floresta um trilho,
Resta filha, meu único bem.
Soprou o vento do mar,
Naquele dia que a chamou;
O Sol deixou de brilhar
E a minha alma findou.
Estou perdido, por entre escombros,
Com coração a sangrar;
Foram em debandada, os ombros,
Fiquei no tempo a penar.
Da manhã, sobrou a hora,
Daquele mês pardacento;
A Primavera ainda chora,
Notícia triste do evento.
Grande mártir - minha companheira,
Tocada pela injustiça;
Foste rainha verdadeira,
Por ti, nossa força é submissa.
Quantos projectos arqitectei?!
Para acabar... Em negro cadafalso!
Quero lutar mas, já não sei,
O meu sentir, cheira a falso.
Setúbal, 03/o9/2008
Inácio Lagarto
1 comentário:
Boa noite Amigo!
Neste poema, o sofrimento dá-nos mais uma lição de vida.
Temos de nos reduzir à nossa insignificância, digo eu…
Nascemos,
Vivemos,
Morremos.
Tempos tão difíceis………….. Perdas muito difíceis……..
Há que tornar a VIDA o melhor que podemos
Agarrar o que de bom vamos tendo, nesta passagem por cá…
Não conseguimos esquecer o mal, mas há que fazer um esforço para “arquivar” no sítio certo o nosso sofrimento.
Saudações de Coimbra
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