quarta-feira, 8 de abril de 2009

CORAGEM DE POETA


Coragem és verdade,
És nosso destino;
Quando tristeza invade,
Coração ladino.

O fado é caminho,
Poema a viver;
Onde bebe o vinho,
O Poeta ao escrever.

Doce luz cintila,
Na paz que procura;
Palavra tranquila,
De vida futura.

À noite implora...
Fala com a mente!
Esquece a hora,
Chora perdidamente.

Como cavalo à solta,
De sono inquieto;
De inocência envolta,
Com olhar quieto.

Corre sem parar
E, voa no espaço;
Naquele embriagar,
Fica preso no laço.

Ele é pensador,
Em chama a arder;
Forte criador,
Despeja seu querer.

No dia, na ressaca,
Com dor, declama;
E de alma fraca,
No versar, proclama.

Setúbal, 05/04/2009
Inácio Lagarto

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