Traçou o vento destino
A noite trouxe cansaço
Tornei-me num peregrino
Perdi na vida um laço
Em plena tarde de Agosto,
Numa solidão remota;
Estou planeando, nova rota,
Vejo cair o sol - posto.
Neste mar que tanto gosto,
Tenho a mente, em desatino,
Outro Abril, foi bem ladino,
Destruiu um belo sonho;
Quando caminhava risonho,
Traçou o vento destino.
Desfez-se a Primavera,
Naquela triste madrugada;
Por espada trespassada,
Hoje a esperança é quimera.
Eu deixei de ser quem era,
Sempre à espera dum abraço;
No tempo, reduzi espaço,
Fiquei pensando, sem sorrir,
Fiz balanço ao existir,
A noite trouxe cansaço.
Naufraguei em turbilhão,
Esta paisagem perfuma;
Porto Covo, no meio da bruma,
De Sines, é seu pendão;
Marquês de Pombal, estende a mão,
A este coração cristalino...
O Céu Azul, é divino,
Rendo-me à força sagrada!
De belas praias alongada,
Tornei-me num peregrino.
Perturbam ares de saudade,
Encarna Deus na Natureza;
Meu encanto, perdeu certeza,
Rasguei o quadro da verdade.
Naquele grito de liberdade,
Não compreendo o que faço;
Quero aprender, a acertar o passo,
Faço poemas, encurto distância,
No jardim, de ideal fragrância,
Perdi na vida um laço.
Porto Covo, 05/08/2009
Inácio Lagarto
A noite trouxe cansaço
Tornei-me num peregrino
Perdi na vida um laço
Em plena tarde de Agosto,
Numa solidão remota;
Estou planeando, nova rota,
Vejo cair o sol - posto.
Neste mar que tanto gosto,
Tenho a mente, em desatino,
Outro Abril, foi bem ladino,
Destruiu um belo sonho;
Quando caminhava risonho,
Traçou o vento destino.
Desfez-se a Primavera,
Naquela triste madrugada;
Por espada trespassada,
Hoje a esperança é quimera.
Eu deixei de ser quem era,
Sempre à espera dum abraço;
No tempo, reduzi espaço,
Fiquei pensando, sem sorrir,
Fiz balanço ao existir,
A noite trouxe cansaço.
Naufraguei em turbilhão,
Esta paisagem perfuma;
Porto Covo, no meio da bruma,
De Sines, é seu pendão;
Marquês de Pombal, estende a mão,
A este coração cristalino...
O Céu Azul, é divino,
Rendo-me à força sagrada!
De belas praias alongada,
Tornei-me num peregrino.
Perturbam ares de saudade,
Encarna Deus na Natureza;
Meu encanto, perdeu certeza,
Rasguei o quadro da verdade.
Naquele grito de liberdade,
Não compreendo o que faço;
Quero aprender, a acertar o passo,
Faço poemas, encurto distância,
No jardim, de ideal fragrância,
Perdi na vida um laço.
Porto Covo, 05/08/2009
Inácio Lagarto
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