domingo, 4 de julho de 2010

EM TEMPO DE TEMPESTADE


O mar está bravo
A terra anda a tremer
Procura-se um longo abraço
Minha mente, turva, não lavo
O sonho deixou de encher
Neste mundo cruel e lasso.
Doce voz soa gritando
Pede à vida novo gritar
Quer no saber inovar
Porque a alma vive chorando
Por ver o homem... só falar!

Em tempo de tempestade
As águas, do viver, se agitam
Resta a força e a coragem
Por caminhos já trilhados.
Olha-se , de frente, a verdade
No campo ou na cidade
As forças do mal se fitam
Criando uma nova margem
E as ondas serão quebradas.

Sempre na busca da razão
Seguimos o rumo das caravelas;
Voamos como o falcão
Por façanhas de Eras belas.

Setúbal, 04/07/2010
Inácio Lagarto

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