sábado, 4 de fevereiro de 2017

TARDES DE VERÃO






Numa tarde de verão,
deitado ao sol na praia
cai uma lágrima, furtiva, na areia
que uma onda, do mar, presenteia.
Vem acalmar o corpo, o coração
ferido, numa toalha de cambraia!
Chora em segredo por sua Aldeia.

Fala, pergunta, suavemente,
porque sopra tanto o vento?
Deixando a pele enrugada,
junto de água, ao calor ardente!
Vindo molhar o pensamento,
com saudades no momento...
da Vida, da sua Terra amada.

Desperto! Como rei do mundo!
Rodeado de lindas sereias,
fico olhando a Natureza.
Criei um belo poema
conjugado, em amor profundo!
Elaborado, na partilha, a meias,
enlouquecido pela beleza.
Deixou de ser um dilema
tornando-o ...em sonho fecundo.

Verão quente, dia encanta!
Aquece a chama de um mortal
com a luz que nos seduz.
Emoção no tempo é tanta,
sedenta do viver real...
que verdes anos nos conduz.


Setúbal, 04/02/2017
Inácio Lagarto

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