Fui passear pelo denso montado,
Campo agreste e de barro;
Logo fiquei maravilhado
Com a cortiça que faz o tarro.
No meio dos troncos fazem os ninhos
E, em segurança pernoitarem;
Tão belos, alegres passarinhos,
Neles os seus filhos criarem.
Em terna imagem abençoada,
Porqueiro, ajuda, bons vigilantes ;
Pintam uma aguarela ilustrada
Com os solitários caminhantes.
Não falta o fiel cão obreiro
No centro de tamanha filosofia:
Ladrando ao tempo rezingueiro
Ou, brincando contra fantasia.
Frondosas árvores verdejantes,
Da nobre família dos carvalhos:
Dão lenha para fins semelhantes,
Protegem os sonhos dos orvalhos.
Setúbal, 15/02/2021
Inácio José Marcelino Lagarto
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