Em silêncio fixamos o olhar,
Observamos, ficamos a sonhar;
O sentir brota no pensamento.
A ternura na paciência cansa
À espera da fraterna confiança
E que termine o louco tormento.
Mantemos acesa a consciência
A fim de acalmar a sábia inocência;
Continuamos no tempo a acreditar,
Na força do querer, na humanidade!
A qual valoriza a criatividade
E vai desbravando o caminhar.
A voz do povo segue cansada ,
Traz ao peito uma vida marcada
Pelos tratos que ainda não esqueceu.
As mentes falam ao despertar!...
Das crises, tecnologias, no laborar,
Cujo coração no amor se ergueu.
Vamos ouvir o grito da Natureza
Sobre a paisagem e sua defesa!
Ela é refrescante, embaladora,
Aquecida ao sol ardente,
Temperada pelo luar docemente
E guiada através da luz criadora.
O vendaval que hoje sentes
Sopra para além das correntes;
Torna a vivência feroz e cruel.
Carrega no ventre velhos pesadelos,
Espalhando alguns desvelos,
Miséria imerecida com sabor a fel!
Setúbal, 01/02/2021
Inácio José Marcelino Lagarto
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