Toca o sino do Castelo
Vem anunciar o horário
Esteja calor, frio ou gelo
Bate o badalo do Templário!
I
Replicam os sinos da Igreja
Para actos de fé e missão,
Convidam o povo à união;
A partilhar quem o enseja
E ao longe cria inveja.
O relógio, acorda o sonho belo,
Com o barulho do martelo;
Alerta a mente e o ideal
E quem labuta, na vida, afinal,
Toca o sino do Castelo.
II
Entoa para além do povoado,
Controla o tempo e o cansaço
Guiando o viver para o enlaço;
Naquele som tão elevado
Desperta o sono encantado.
Alimenta o crer imaginário
Em saber do hábil operário;
Não olha à pobreza, à riqueza,
Ajudando a Natureza
Vem anunciar o horário.
III
Na Torre existe um catavento
Informando, se há temporal
Surgido da abóbada celestial;
Prevê o sol, chuva ou vento,
Com ciência em movimento.
Manda usar bota ou chinelo
Com conforto, carinho e zelo;
Neste mundo de quimeras
Em que trepam frescas heras,
Esteja calor, frio ou gelo.
IV
Nesta Era do Computador,
Caminhamos direito à luz
Cuja tecnologia nos conduz;
Suspira o Globo por Amor
A fim que termine tanta dor.
Não alterem o cenário
Com progresso publicitário;
Ao visitarem, em Viana, a muralha,
No acreditar em quem trabalha
Bate o badalo do Templário!
Setúbal, 18/02/2021
Inácio José Marcelino Lagarto
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