Rompe o tempo da vontade,
Ano da graça sorridente;
A chuva, traz com ela a bondade,
Rega o campo em liberdade,
Floresce na Natureza a semente.
Fecham-se portas e as janelas
A fim de protegerem o viver;
Escorrem das telhas gotas belas,
Abençoadas pelas estrelas,
Chegam às barragens com prazer.
Com o carnaval, antes divertido,
Sem corso, música, alegria, folião;
O mundo caminha só e dividido,
Perdeu a bússola, ficou sentido,
Segue na viagem em contramão!
Não se ri despojadamente,
Aguardam a força da memória
Pelo grito solenemente.
A humanidade olha e sente
Mantendo a esperança na vitória.
Há crença no frondoso arvoredo,
Na ternura da Existência;
Na luz que aquece sem medo,
No amor que alimenta em segredo
E confia plenamente na Ciência!
Brilham no céu sinais distantes
Que iluminam a primavera;
Trazem anjos e acompanhantes
Cantando harmonias sonantes,
Mudam a tecnologia, nesta Era!
Setúbal, 07/02/2021
Inácio José Marcelino Lagarto
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