Como difícil é o viver,
Em cumprir tão dura sina;
Vai rolando, sem o saber,
Minha mente, tudo imagina.
Sigo na vida, amargurado,
Vou correndo, sem parar;
Se, do rebanho fui tirado,
Quis ser livre e pensar.
Saltei por vales e montes,
Construindo, um novo rumo;
Tirei água, de várias fontes,
Na chaminé, cheirei o fumo.
No Alentejo, subi à serra,
Adormeci, junto ao Castelo;
Olhei a cal, tosca, da terra,
Até sargaço ficou mais belo.
Senti o sonho de criança,
Palmilhei, calçada da rua;
Vi o branco da confiança,
Na casa a fitar a Lua.
Como um grito, no chamamento,
Aquele tempo, jamais se cala;
O Céu Azul, ficou cinzento,
Trouxe silêncio, como fala.
Para trás mora saudade,
Lutas férteis, na memória;
Folhas secas da mocidade,
Trazem escritos da história.
Neste querer, vou partilhando,
Fazendo, sem nada fazer;
Pouco ou nada, vai sobrando,
Do que foi, meu amanhecer.
Viana do Alentejo, 03/05/2009
Inácio Lagarto
Em cumprir tão dura sina;
Vai rolando, sem o saber,
Minha mente, tudo imagina.
Sigo na vida, amargurado,
Vou correndo, sem parar;
Se, do rebanho fui tirado,
Quis ser livre e pensar.
Saltei por vales e montes,
Construindo, um novo rumo;
Tirei água, de várias fontes,
Na chaminé, cheirei o fumo.
No Alentejo, subi à serra,
Adormeci, junto ao Castelo;
Olhei a cal, tosca, da terra,
Até sargaço ficou mais belo.
Senti o sonho de criança,
Palmilhei, calçada da rua;
Vi o branco da confiança,
Na casa a fitar a Lua.
Como um grito, no chamamento,
Aquele tempo, jamais se cala;
O Céu Azul, ficou cinzento,
Trouxe silêncio, como fala.
Para trás mora saudade,
Lutas férteis, na memória;
Folhas secas da mocidade,
Trazem escritos da história.
Neste querer, vou partilhando,
Fazendo, sem nada fazer;
Pouco ou nada, vai sobrando,
Do que foi, meu amanhecer.
Viana do Alentejo, 03/05/2009
Inácio Lagarto
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