Sou um caminhante,
Só a força me leva;
Vagueio na treva,
Mudei de semblante.
Com meu coração,
Escutei a cigarra;
Cantava com garra,
No calor de Verão.
De verdades reais,
O sonho morreu;
O viver esqueceu,
Levou ideais.
Percorro a montanha,
Prado campestre;
Na moita silvestre,
Vejo arte tamanha.
Vegeto no mato,
Com cheiro a flor;
Senti minha dor,
Piquei-me num cato.
Na colmeia sozinha,
Sou triste zângão;
Vivo de solidão,
Perdi a rainha.
Deitei-me ao relento,
Olhei as estrelas;
Fixei uma delas,
Tocado pelo vento.
Sussurrou vontade,
Sem o entender!!
Ouvi - a dizer...
Espero - te, mais tarde!
No silêncio e mágoa,
A nuvem surgiu;
Do alto caiu,
Uma gota de água.
Trouxe compaixão,
Molhou tensa face;
Limpei - a, sem disfarce,
Com a palma da mão.
Setúbal, 23/05/2009
Inácio Lagarto
Só a força me leva;
Vagueio na treva,
Mudei de semblante.
Com meu coração,
Escutei a cigarra;
Cantava com garra,
No calor de Verão.
De verdades reais,
O sonho morreu;
O viver esqueceu,
Levou ideais.
Percorro a montanha,
Prado campestre;
Na moita silvestre,
Vejo arte tamanha.
Vegeto no mato,
Com cheiro a flor;
Senti minha dor,
Piquei-me num cato.
Na colmeia sozinha,
Sou triste zângão;
Vivo de solidão,
Perdi a rainha.
Deitei-me ao relento,
Olhei as estrelas;
Fixei uma delas,
Tocado pelo vento.
Sussurrou vontade,
Sem o entender!!
Ouvi - a dizer...
Espero - te, mais tarde!
No silêncio e mágoa,
A nuvem surgiu;
Do alto caiu,
Uma gota de água.
Trouxe compaixão,
Molhou tensa face;
Limpei - a, sem disfarce,
Com a palma da mão.
Setúbal, 23/05/2009
Inácio Lagarto
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