sexta-feira, 15 de maio de 2009

ESPOSA E MÃE










Seguiu serena, sumptuosa,
Com a MÃE maravilhosa,
Que à Terra a veio buscar;
De inocência, ficou envolta,
Na branca nuvem à solta,
Trouxe do Céu, belo beijar.

Naquele mês de Abril,
Cujo sonho, tornou-se vil
E,o sentir nos afectou;
Dia de ingrata verdade,
Derramou gota de saudade,
Porquê? Viver nos abandonou?

Sangraram, profundas feridas,
De almas sofridas vencidas,
Triste peito, tremeu de frio;
Mistério de força e coragem,
Revoltado com a viragem,
Nosso coração, ficou vazio.

Perdidos na escuridão,
Cegos de amor e de paixão,
Brindados, com Fé e espinhos;
De apatia e olhos fitos,
Olhámos a Cruz dos Aflitos,
Temendo, por novos caminhos.

Vem guiar-nos na jornada!
Ilumina nossa estrada!...
Esta queima e não se vê.
O Sol enxugará nosso pranto,
No recordar perfume e encanto,
Tu És... A esperança em que se crê.

Jamais serão, pensamentos
Esquecidos, por momentos...
Nesta Luz que nos abraça!
Sinto, sem saber se acordo,
Busco imagem que recordo,
Da frescura, de esbelta graça.

Setúbal,15/05/2009
Inácio Lagarto

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