quarta-feira, 13 de maio de 2009

NEM TUDO É RISONHO


Planeei fábrica e rua,
Fiquei a olhar o espaço;
Minha vida, era tão nua,
Nela, faltava o abraço.
Filho varão, macho herdeiro,
Dum sonho e ilusão;
Rejeitei ser oleiro,
Senti fugir obrigação;
Caminhei no caminhar,
Naquele sono, não adormeci;
Criei força, quis lutar,
Noutro viver prossegui.
Partilhei do inventário,
Lancei à terra semente;
Certo dia, fui bancário,
A Primavera foi gente -
Colhi fruto, por pertença.
Quando alimentava a mente...
O que foi Sol, voltou sentença!


Setúbal, 13 de Maio de 2009
Inácio Lagarto


Sem comentários: