quarta-feira, 4 de agosto de 2010

AGUARELA DA VIDA


Na aguarela da vida
Pintam-se espaços
Na face... beijinhos
Mais abaixo... abraços;
Na cintura do viver
Estreitam-se laços
No querer e no vencer.
Naquela dor sentida
Ficamos no tempo sozinhos;
Reforçados como passarinhos
Após o fruto nascer
O sonho é doce guarida.

Crescida que é a semente
Nas entranhas da mulher
Vai florindo nova mente;
O cupido esteve presente
Esperando o Dia Maior.
Rompe alegria partilhada
Tudo é muito... quase nada
Neste novo alvorecer;
É a força da partida
Longo caminho a percorrer
Numa esperança repartida.

Pintada que é a existência
Nesta corrida de carrossel
Fica para o amanhã a essência
Neste quadro de papel.

Setúbal, 04/08/2010
Inácio Lagarto

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