quinta-feira, 26 de agosto de 2010

ASAS BATENDO


Viajam amores vindos do passado
Com asas batendo, de saudade;
Deixam no voar, um pingo molhado,
Perdido no tempo, com o peso da idade.


Nunca se engana quem está vendo
Aquela linda flor que foi desposada;
Hoje, só um do viver está colhendo
A pétala, que deixou de ser regada.


Os feitiços, amores sensuais
No céu esvoaçam, em nuvens sonhando...
Nem sempre com espaços iguais...


Na seca terra caiu a semente,
Cresce a palavra e gesto espalhando...
Da raiz brota... a fiel gente!


Setúbal, 25/08/2010
Inácio Lagarto

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