quarta-feira, 5 de novembro de 2008

DIÁLOGO


A noite pergunta ao dia,
Como alegre é o VIVER;
Entre o Sol ou ventania,
Há estragos para vencer.



Rompe o tempo, nasce alvorada,
Com preguiça aparece;
Entre a névoa floresce,
Traz a força renovada.
Enfrenta a mão gretada,
Mostra à vida, querer e magia,
Boa coragem e valentia;
Põe o palco a trabalhar!!...
Nem a tarde o vai calar...
A noite pergunta ao dia.

Responde e revela a face,
Caminha... Não se insinua!
Defende, o tráfego da rua -
Sem intriga nem disfarce.
Espera que a noite voltasse -
Porque o dia foi de doer...
Não dorme para crescer,
Só a sombra o esconde!
Parte, sem saber para onde!...
Como alegre é o VIVER.

Vem a tarde, sopra a aragem,
O SER luta e cambaleia;
Sem luz da estrela ou candeia
Que brilha, no meio da folhagem,
Naquelas árvores e paisagem...
A mágoa foge quando esfria!
Nem sempre a alma fica vazia,
No campo, Cidade ou mar,
Nunca pára o sonhar -
Entre o Sol ou ventania.

Só a noite completa o dia,
Para análise ao que foi feito;
No trabalho ou no leito,
Improvisa o que faria.
Desespera em nostalgia -
Quanto perigo a temer!!...
Despreza o bom saber
E, Políticas Universais,
Em terramotos e temporais,
Há estragos por vencer.

Setúbal, 22/07/2008
Inácio Lagarto

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