terça-feira, 25 de novembro de 2008

PROCURO UM CAIS


Rio Sado,
Porque não te acalmas?
Eu na vida perdi o rumo!
Envolvi-me, no teu ondular,
Naquelas águas profundas -
Correndo além do Mar!...
Na Foz, deixei a alma;
Por entre espesso nevoeiro
Que mais, parecia fumo;
Trepou ao cimo do outeiro -
Ofuscou a Arrábida e o Outão,
De imagens densas e fecundas.
Ah!!!

Quem me dera encontrar!...
O meu EU! Minha razão!
Percorrer novos Mundos,
Sem suspiros, nem ais -
Esquecer a solidão
E, ancorar no mesmo CAIS.



Setúbal, 27/07/2008
Inácio Lagarto

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