Corre o rio, vem apressado,
Por terrenos serpenteando;
Tudo nele é arremessado,
Alaga margens e o prado...
Só o Sol o vai quebrando!
Rasga madressilva, do silvado,
Marulha água ao correr;
Na verdura, pasta o gado,
Depois, o campo é lavrado,
Lança-se semente p´ra vencer.
Parte da terra, fica em baldio,
Quer repor o seu cansaço;
O pastor vive vazio -
Passa a noite e Inverno frio,
Com o rebanho naquele espaço.
Vagueia por vales e montes,
No meio do mato e rochedos;
Molha lábios, em toscas fontes,
Olha de frente os horizontes,
velho poço, guarda segredos.
Findo o dia, volta à choupana,
Segurança está no redil;
Dorme na esteira, telhado de cana,
Fiel cão, não o abandona,
Vigia por perto, o lobo vil.
Ao homem guia a razão,
Não lhe deram outro guia;
Acompanham-no a solidão
E, a riqueza da visão,
Só a força o alumia.
Viana do Alentejo, 14/07/2008
Inácio Lagarto
Por terrenos serpenteando;
Tudo nele é arremessado,
Alaga margens e o prado...
Só o Sol o vai quebrando!
Rasga madressilva, do silvado,
Marulha água ao correr;
Na verdura, pasta o gado,
Depois, o campo é lavrado,
Lança-se semente p´ra vencer.
Parte da terra, fica em baldio,
Quer repor o seu cansaço;
O pastor vive vazio -
Passa a noite e Inverno frio,
Com o rebanho naquele espaço.
Vagueia por vales e montes,
No meio do mato e rochedos;
Molha lábios, em toscas fontes,
Olha de frente os horizontes,
velho poço, guarda segredos.
Findo o dia, volta à choupana,
Segurança está no redil;
Dorme na esteira, telhado de cana,
Fiel cão, não o abandona,
Vigia por perto, o lobo vil.
Ao homem guia a razão,
Não lhe deram outro guia;
Acompanham-no a solidão
E, a riqueza da visão,
Só a força o alumia.
Viana do Alentejo, 14/07/2008
Inácio Lagarto
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