segunda-feira, 3 de novembro de 2008

SONO E VIVER


Foi lutar contra egoísmo,
De mentes frágeis e obscuras;
Vagueavam no meio de laxismo,
Agarrados ao pessimismo,
Prepotentes mas, sem bravura.

Houve um tempo, no acreditar,
Sem murmúrio ou queixume;
Muita vontade no conquistar,
Subir ao alto e programar,
Cheirar da vida o perfume.

De inocência e chama intensa,
A luz do Sol nos aquece;
Repleto de alma imensa,
No sofrer nunca se pensa,
Só juventude permanece.

Todos sonhamos com futuro,
Dentro de nós, habita a paz;
Nosso crescer fica maduro,
Surge trovão, vem o escuro,
Nem a força nos satisfaz.

Vem até nós o Outono,
Perdemos o sorriso terno;
Vivemos à beira, dum belo sono,
Temos abrigo e, sem abandono,
Neste existir, curto e interno.


Viana do Alentejo, o1/11/2008
Inácio Lagarto

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