No nascer não há tristeza,
Não é triste acreditar;
Tristeza é, não ter riqueza,
Porque é triste, sem lutar.
Como triste são meus olhos,
Quão triste é o viver;
Porque triste, são aos molhos,
Como triste - nada saber.
A tristeza, ainda existe,
A tristeza floresce;
A tristeza só persiste,
Com tristeza anoitece.
É triste, quem tem tristeza,
Com tristeza, tudo é triste;
Só é triste, com a tristeza,
Se a tristeza vive triste.
A tristeza, não faz falta,
Ser triste, não é sofrer;
A tristeza vai tão alta,
Só é triste quem quiser.
Sem a tristeza, quero amar,
Como é triste, ser governado;
De tristeza, levo a pensar...
Como é triste ser explorado!
Tanta tristeza, no triste,
Triste Povo, no sonhar;
A tristeza não pediste,
Porque o triste tem de acabar.
Somos tristes, nas ilusões,
Com tristeza no querer;
Tristes no esquecer paixões,
Temos tristeza de morrer.
Porto Covo, 17/06/2006
Inácio Lagarto
Não é triste acreditar;
Tristeza é, não ter riqueza,
Porque é triste, sem lutar.
Como triste são meus olhos,
Quão triste é o viver;
Porque triste, são aos molhos,
Como triste - nada saber.
A tristeza, ainda existe,
A tristeza floresce;
A tristeza só persiste,
Com tristeza anoitece.
É triste, quem tem tristeza,
Com tristeza, tudo é triste;
Só é triste, com a tristeza,
Se a tristeza vive triste.
A tristeza, não faz falta,
Ser triste, não é sofrer;
A tristeza vai tão alta,
Só é triste quem quiser.
Sem a tristeza, quero amar,
Como é triste, ser governado;
De tristeza, levo a pensar...
Como é triste ser explorado!
Tanta tristeza, no triste,
Triste Povo, no sonhar;
A tristeza não pediste,
Porque o triste tem de acabar.
Somos tristes, nas ilusões,
Com tristeza no querer;
Tristes no esquecer paixões,
Temos tristeza de morrer.
Porto Covo, 17/06/2006
Inácio Lagarto