sexta-feira, 12 de junho de 2009

NOITE VADIA


Na noite o fado é vadio,
É alegre e folião;
Quando bebe, sente vazio,
Forte dor no coração.

Canta até as alvorada,
Porque a guitarra gemeu;
Com poemas à sua amada,
Sobre amor que dela perdeu.

Rompe o Sol, nasce o dia,
Pede perdão, ao pecado;
Na ressaca, com ironia,
O seu corpo, está cansado.

No trinado, tem paixão,
Da vida é companheiro;
Chora na escuridão,
No Céu azul, é verdadeiro.

Setúbal, 11/o6/2009
Inácio Lagarto

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