Meu Alentejo querido,
Do campo que é lavrado;
No Outono é sacudido,
Em que o sono é mal dormido,
Pela força no arado.
O sonho da terra irradia,
Na procura do sustento;
A Primavera, alegra o dia,
Ouvem - se pássaros, em melodia,
Vêm alegrar o pensamento.
O sobreiro fica despido,
Naquele montado, sangrando;
Aquele tesouro escondido,
Ao corticeiro é vendido,
A árvore sofre, lutando.
Aquece calor do Verão,
Sobre louros trigais;
Ceifadas, searas são,
Vão à eira, tirar o grão,
A alma quebra-se em ais.
Há malteses e ganhões,
Tanto sangue misturado;
Camponeses e patrões,
Quando se cruzam, aos serões,
No seu cantar embalado.
O Sol a casa incendeia,
Realçando a fachada;
A Lua, é nobre candeia,
Na sombra negra, vagueia,
Até romper a alvorada.
Setúbal, 30/05/2009
Inácio Lagarto
Do campo que é lavrado;
No Outono é sacudido,
Em que o sono é mal dormido,
Pela força no arado.
O sonho da terra irradia,
Na procura do sustento;
A Primavera, alegra o dia,
Ouvem - se pássaros, em melodia,
Vêm alegrar o pensamento.
O sobreiro fica despido,
Naquele montado, sangrando;
Aquele tesouro escondido,
Ao corticeiro é vendido,
A árvore sofre, lutando.
Aquece calor do Verão,
Sobre louros trigais;
Ceifadas, searas são,
Vão à eira, tirar o grão,
A alma quebra-se em ais.
Há malteses e ganhões,
Tanto sangue misturado;
Camponeses e patrões,
Quando se cruzam, aos serões,
No seu cantar embalado.
O Sol a casa incendeia,
Realçando a fachada;
A Lua, é nobre candeia,
Na sombra negra, vagueia,
Até romper a alvorada.
Setúbal, 30/05/2009
Inácio Lagarto
1 comentário:
que belo poema dedicado ao alentejo !
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