sexta-feira, 26 de junho de 2009

O APRENDIZ

.. ..................................................................................«Cerâmica
.......................................................................de Júlio Resende»
Peguei no barro e esculpi,
Como aluno de Olaria;
Com o Mestre, estilos vivi,
No partilhar aprendi -
A respeitar a fantasia.

Na peanha, pasta moldei,
Na velha roda a rolar;
Em recipiente, as mãos molhei,
N argila, os dedos apertei -
Deixando lambugem, ao puxar.

No cavalete torneando
Ou, a começar escultura;
Com o «teck» ia desbastando,
Espátula e gancho alisando,
No criar forma, rara e pura.

Eram peças decorativas,~
Executadas, com paixão;
De paisagens estimativas,
Com figuras criativas
... Bela chama na ilusão.

Iam ao forno cozer -
Ficavam: - Toscas ou enchacota,
Depois, pintadas com prazer,
Com esmalte de resplandecer -
Vidradas ... Tinham nova cota!


Lindos trabalhos - exemplares,
De pequenos escultores;
Usadas no ornamentar Lares,
Ternas, - conquistavam pares-
O orgulho d´admiradores.

Daquela hábil aprendizagem,
Deixou, na mente, saudade!
Deu luz,à esp´ rança, em viagem,
Porque saber, não é miragem!!!
É o semear na idade.

Ao palmilhar um caminho,
Em formação e na arte...
Estiliza até o espinho,
Dá vida, à folha e ao azinho,
respeita a regra do reparte.


Porto Covo, 29/07/2006
Inácio Lagarto

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