quinta-feira, 16 de outubro de 2008

DE SETÚBAL À FOZ


De Setúbal a Buarcos,
Numa manhã de vendaval;
Mares, com pesca e barcos,
O dia, rompeu tão mal.

Um complexo de paraíso,
P´ra uma longa viagem;
A chuva perdeu o juízo,
Quis surpreender a paisagem.

Neste balançar inquieto!
Abriu alas no caminho...
Soprou vento, ali de perto,
Rolou pedras de mansinho.

Figueira da Foz nos espera,
Vaidosa de extensa praia;
Branca onda desespera,
Bate na areia e desmaia,

Bela Costa a murmurar...
Sobre Cidade que o Sol atrai!
Quanta palmeira a olhar?!
Como o Mondego, alegre vai.

Tem a faina dos pescadores,
Lazer dos veraneantes;
As Varinas em seus labores -
A partida dos mareantes.

Sou amante da Natureza,
Regressei ao Rio Sado;
À Arrábida - Verde certeza,
Onde o mar vive repousado.

Trago Alentejo, no peito,
Belo sonho, do existir!
Canta em nós, o nosso feito,
Dá-nos força ao sorrir.

Buarcos, 27/10/2005
Inácio Lagarto

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