quarta-feira, 22 de outubro de 2008

PONTE ALENTEJANA


Somos ou não aquela ponte,
Desse Alentejo fraterno?!
Nascidos à sombra, duma fonte,
Criados em Olival terno.

Partilhamos acervos laços,
No honrar a terra do pão;
Cada um, luta por espaços
Ou, cantando em união.

Foi passado... Rio a correr!
Quanta comédia se lastima?
Escrevo poemas, por lazer;
Faço mexer, minha auto-estima.

São escritos puros e singelos,
Neste tempo, quase a queimar;
Neles recordo, muito dos Elos,
Dou à VIDA, o meu pensar!

Tento escutar o momento,
Medito... A mente gravou!
À minha volta, há movimento,
A voz do poeta divagou!

Trago força Alentejana,
De memórias ancestrais;
Com o Povo, ela irmana,
No ceifar densos trigais.


Setúbal, 21/10/2008
Inácio Lagarto

Sem comentários: