Perdi coragem, na jornada,
Se acordo...Eu, já não sei!...
Sigo sem rumo, na estrada,
Naquela...Que um dia viajei!
Húmidas pálpebras por rotina,
Ofuscam brilho no momento;
Sombra negra duma sina,
Dum belo sonho em tormento.
Criei Santo e terno Anjo,
Naco de barro no seu esculpir;
Tocando trombeta ou banjo -
Tão alegres no bom sorrir.
Traz a infância segredo,
Com o tempo, forja a razão;
Há-de o SER: - Rir, não ter medo,
Tarde ou cedo, vem a solidão.
Quem da primavera semeia
E, à vida dá um abraço;
Da montanha, desce a areia,
Arrasa campos, aperta o laço.
Sou Humano, um precursor,
Faço do silêncio meu voar;
Colho a semente da dor...
Fogo que arde... Não deixo queimar!
Tudo que é real aparece,
Até o querer, a força nos tira;
O longo vazio nos parece...
Toda a verdade ser mentira!
Suspira fundo o sentir,
Muito e tudo do que perdemos;
Está sangrando o existir!...
Por aquilo... Do que não queremos!
Setúbal, 23/05/2008
Inácio Lagarto
Se acordo...Eu, já não sei!...
Sigo sem rumo, na estrada,
Naquela...Que um dia viajei!
Húmidas pálpebras por rotina,
Ofuscam brilho no momento;
Sombra negra duma sina,
Dum belo sonho em tormento.
Criei Santo e terno Anjo,
Naco de barro no seu esculpir;
Tocando trombeta ou banjo -
Tão alegres no bom sorrir.
Traz a infância segredo,
Com o tempo, forja a razão;
Há-de o SER: - Rir, não ter medo,
Tarde ou cedo, vem a solidão.
Quem da primavera semeia
E, à vida dá um abraço;
Da montanha, desce a areia,
Arrasa campos, aperta o laço.
Sou Humano, um precursor,
Faço do silêncio meu voar;
Colho a semente da dor...
Fogo que arde... Não deixo queimar!
Tudo que é real aparece,
Até o querer, a força nos tira;
O longo vazio nos parece...
Toda a verdade ser mentira!
Suspira fundo o sentir,
Muito e tudo do que perdemos;
Está sangrando o existir!...
Por aquilo... Do que não queremos!
Setúbal, 23/05/2008
Inácio Lagarto
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