Na Era da Internet,
É declarado o Simplex;
Alguns navegam na Net,
O carteiro também repete,
Traz notícia, com rapidex.
Com a sacola sempre à mão,
Serve o Povo, de velho meio;
Nos prédios, no rés do chão,
Nas Caixas, cumpre missão,
Ao deixar algum correio.
A palmilhar tanta estrada,
Vai tocando às campainhas;
A encomenda é esperada,
A água e luz tão fadada...
As cartas das avozinhas.
Vem o cheque, vale do dinheiro,
Envelope da saudade;
A palavra do Estrangeiro,
Da amante, do companheiro,
Como fraterna é igualdade.
SER de rota azafamada -
Vive em pleno desassossego;
Sobe e desce a escada,
Vai à casa apalaçada
E, aos Bairros sem aconchego.
Conhecedor do segredo...
Tudo anseia, muito sente!
Espreita o perigo e o medo,
Transporta o sonho, bem cedo,
Sua sombra está presente.
Setúbal, 2006
Inácio Lagarto
Sem comentários:
Enviar um comentário