Sou português, sou do Sul,
Tive colo no Além Tejo;
Adoro o mar, por ser azul,
No Litoral me revejo.
Sou da planície verdejante,
Da polifonia dos cantares;
Aquecido ao Sol brilhante,
Nasci da cepa e pomares.
Filho da Vila e do trabalho,
A poesia dá-me ensejo;
Comi açordas de alho -
Com coentro ou poejo.
Brinquei em «Campo Transtagano»,
Trepei ao rude chaparro;
Sou um fruto Alentejano,
Vi lavrar terras de barro.
Colhi bolota da azinheira
E, amora do silvado;
Vi ceifar, hábil ceifeira
Como, pastor a guardar gado.
Dos Godos, trago história
E da vida, a geração;
Correm nas veias, a memória...
Sou escravo da razão!
Com passado desconhecido,
Judeu - Mouro por descobrir!!...
Árabe enriquecido,
Fui forjado, sem partir.
Sob «Abóbada Celestial»,
Na partilha da unidade...
Só as aves, afinal,
Vivem da bela liberdade!
Setúbal, 02/10/2006
Inácio Lagarto
Tive colo no Além Tejo;
Adoro o mar, por ser azul,
No Litoral me revejo.
Sou da planície verdejante,
Da polifonia dos cantares;
Aquecido ao Sol brilhante,
Nasci da cepa e pomares.
Filho da Vila e do trabalho,
A poesia dá-me ensejo;
Comi açordas de alho -
Com coentro ou poejo.
Brinquei em «Campo Transtagano»,
Trepei ao rude chaparro;
Sou um fruto Alentejano,
Vi lavrar terras de barro.
Colhi bolota da azinheira
E, amora do silvado;
Vi ceifar, hábil ceifeira
Como, pastor a guardar gado.
Dos Godos, trago história
E da vida, a geração;
Correm nas veias, a memória...
Sou escravo da razão!
Com passado desconhecido,
Judeu - Mouro por descobrir!!...
Árabe enriquecido,
Fui forjado, sem partir.
Sob «Abóbada Celestial»,
Na partilha da unidade...
Só as aves, afinal,
Vivem da bela liberdade!
Setúbal, 02/10/2006
Inácio Lagarto
1 comentário:
Muitos parabéns pelo pai que tens sido e és. A tua força surpreende-me e dá-me coragem mas a mamã sabia que ia ser assim ... Agradeço a Deus pelos pais que tenho.
Muitos parabén pelo blog e pelos maravilhosos poemas. Mas que conhecimentos informáticos!!!!
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